Milhões
de pessoas de várias culturas do mundo inteiro gostam de comer pimenta por
causa do seu sabor, mesmo que isso cause uma sensação de ardência na boca e na
garganta. A pimenta é o segundo condimento mais usado no mundo, perdendo
somente para o sal de cozinha. Uma das pimentas mais comuns no Brasil é a
pimenta vermelha conhecida por “dedo de moça”. Poucas pessoas sabem, no
entanto, os benefícios que as pimentas “ardidas” podem trazer para a saúde
humana.
O sabor
ácido da pimenta (verde ou vermelha) é causado por uma substância chamada
capsaicina. As quantidades desta substância presentes nas pimentas variam de
0,1 a 1% em massa. A capsaicina foi obtida em laboratório pela primeira vez em
1929. Sua estrutura e propriedades químicas são bem conhecidas. É solúvel em
álcool, éter, benzeno, acetona e óleos vegetais. Isto significa que a
capsaicina, quando está dissolvida em um desses solventes, não perde suas
propriedades originais. A capsaicina é um sólido que passa para o estado
líquido em temperatura relativamente baixa (65º C). Quando se conserva a
pimenta vermelha em óleo, a capsaicina se dissolve e passa sua “ardência” para
o óleo.
Muitas
pesquisas foram realizadas com a capsaicina nos últimos anos. Os resultados
demonstram que ela é uma substância ativa no tratamento de várias doenças,
entre as quais a artrite reumatóide. Alguns trabalhos mostram que a capsaicina
é um anticoagulante, pois ajuda a baixar a pressão sangüínea, reduzindo o
colesterol e evitando a formação de coágulos sangüíneos que podem provocar
infarto, trombose e derrame cerebral.
Há alguns
trabalhos que comprovam que a capsaicina pode ser usada no tratamento de
resfriados, febres e na prevenção do câncer, principalmente do estômago.
Atualmente ela tem sido usada para reduzir a dor nas articulações, problema
comum nas artrites e artroses. Os especialistas acreditam que a capsaicina
ajuda a dessensibilizar as fibras nervosas que transportam os sinais da dor até
o sistema nervoso central. A substância pode ser aplicada na forma de creme ou
pomada no local onde a pessoa sente dor, sendo logo absorvida pela pele. É
importante observar que a capsaicina não é destruída, nem perde suas
propriedades originais, quando a pimenta é frita ou conservada em óleo por um
longo período de tempo.
A
capsaicina tem sido utilizada na medicina há muitos séculos. A pimenta vermelha
foi uma das primeiras plantas cultivadas nas Américas. As tribos indígenas
brasileiras cultivam e usam pimentas desde o descobrimento do Brasil. Os
historiadores acreditam que a população do México come pimenta vermelha desde
7.000 AC. A capsaicina já era utilizada pelos nossos ancestrais para aliviar as
dores nas juntas.
Esta
substância tem sido usada, também, na forma de creme ou pomada na medicina
esportiva para tratamento de lesões, torções e nevralgias. Funciona bem para
aliviar a coceira da pele e acalmar a dor provocada por herpes.
Alguns
estudos mostram que a adição de pimenta nos alimentos ajuda na digestão e na
queima de calorias mais rapidamente, acelerando o metabolismo. As pimentas
ardidas (verde e vermelha) possuem também grandes quantidades das vitaminas A e
C, que são benéficas ao corpo humano. Há perspectivas interessantes do uso da
capsaicina para o tratamento de osteoartrite e psoríase.
Por outro
lado, o uso excessivo de pimenta pode provocar o aparecimento de úlceras
estomacais e/ou de hemorróidas. A quantidade consumida para tais efeitos
indesejáveis varia de acordo com o indivíduo.
A molécula da capsaicina
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Fórmula
estrutural simplificada
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Nome
oficial da capsaicina: 8-metil-N-vanilil-trans-6-nonenamida
Nome popular: pimenta, piripiri, malagueta
Nome científico: Capsicum sp
Nome popular: pimenta, piripiri, malagueta
Nome científico: Capsicum sp
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