Os
triglicerídeos são moléculas de gordura, que têm como principal função a
produção de energia para o funcionamento do organismo. Os triglicerídeos
elevados, valores acima de 150mg/dl, é uma das formas de dislipidemias.
Dislipidemia é o nome
que se dá quando ocorrem alterações dos lipídios
(gorduras) contidos no sangue.
Estas alterações são importantes uma vez que o fundamento das principais
doenças do mundo moderno como o infarto, aneurismas e infartos cerebrais, se
deve à deposição de gorduras no interior dos vasos sanguíneos (aterosclerose).
Deste modo uma pessoa que mantém níveis altos destes lipídios, principalmente
se houver outros fatores considerados de risco para a aterosclerose como a
hipertensão ou diabetes não controlados, o tabagismo, sedentarismo, obesidade,
história familiar, corre um alto risco de desenvolver precocemente e de maneira
muito mais grave algumas doenças.
Existem 3 tipos de lipídios, os que contribuem para formação da placa de
gordura - colesterol LDL (ruim) e triglicerídeos, e os que agem de forma
contrária, retirando o colesterol da corrente sanguínea - colesterol HDL
(bom).
Por isso quanto mais alto for o bom colesterol e menor o colesterol ruim e os
triglicérides, menos risco haverá para desenvolver a aterosclerose.
Um nível elevado de triglicerídeos (acima de 150mg/dl), deve ser controlado,
pois é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Além disso,
níveis muito elevados de triglicerídeos (acima de 1000mg/dl) podem levar ao
aparecimento de uma pancreatite aguda (inflamação aguda do pâncreas), uma
doença muito grave. Quando os triglicerídeos estão elevados, não basta
controlar a gordura da dieta.
É preciso modificar a quantidade e a qualidade dos carboidratos ingeridos.
Esses nutrientes são as principais fontes de energia da alimentação e são
encontrados em massas, pães, açúcares, mel, frutas, cereais, batata, mandioca
entre outros. O excesso do carboidrato transforma-se em triglicerídeos dentro
do organismo. Se o nível de seus triglicerídeos estiver acima do limite normal,
é extremamente importante que uma atenção especial seja dada para a sua dieta. A
redução da ingestão de colesterol e gorduras saturadas e o aumento no consumo
de fibras podem reduzir em 10 a 15% os níveis sangüíneos de colesterol e em 15
a 20% os de triglicerídeos.
Alimentos permitidos:
- Leite desnatado, ricota, queijo fresco;
- Iogurte ou coalhada desnatados;
- Carnes magras (coxão duro, patinho);
- Peito de frango;
- Filé de peixe;
- Óleo de girassol ou canola;
- Cereais (arroz, trigo, centeio, cevada), macarrão sem ovos de preferência
integrais;
- Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha seca;
- Frutas, gelatina dietética;
- Verduras e legumes;
- Margarina “Becel”, “Milla” ou light;
- Requeijão light;
- Pães: quantidade moderada.
Evitar:
- Leite integral, tipo A ou B, queijos gordurosos (amarelos e requeijão);
- Manteiga, margarina, creme de leite;
- Carnes gordas, enlatados;
- Crustáceos (camarão, lagosta), frutos do mar;
- Frios (presuntos, mortadela, etc.);
- Miúdos (fígado, coração, rim);
- Enlatados (salsicha, lingüiça);
- Açúcar, chocolate, coco;
- Óleo de amendoim;
- Bacon, toucinho, banha;
- Biscoitos amanteigados, cremosos e recheados;
- Bebidas alcoólicas;
- Frituras, gratinados e preparações sauté;
- Torta, pastéis, pizzas, doces;
- Maionese, chantilly;
- Gema de ovo;
- Molhos prontos, caldo de carne.
Recomendações:
- Utilizar adoçante artificial em substituição ao açúcar;
- Aumentar a ingestão de verduras cruas, legumes e frutas com bagaço, grão
integrais, farelos, aveia;
- Ingerir de 2 a 3 litros de água por dia.
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